Rejeição pode ser algo bastante delicado de lidar. No entanto, é essencial que saibamos como reagir — e agir — quando essa frustração acontece em nossas vidas. Afinal de contas, ela pode acontecer a qualquer momento, em todo tipo de proporção.

autoconhecimento é importante para saber como a rejeição age dentro de nós e, consequentemente, vai nos guiar a respeito da atitude ou comportamento mais assertivo dentro de cada circunstância.

Mas isso não é tudo. A rejeição pode ser trabalhada de maneira preventiva para termos muito mais qualidade de vida em todos os sentidos. Neste artigo, vamos nos aprofundar no assunto para que os sentimentos negativos sejam breves e envoltos em aprendizado. Confira!

 

O que é a rejeição?

Uma decepção, uma expectativa frustrada e a falta de apoio — físico, psicológico ou emocional — podem se caracterizar como uma rejeição. E pode acontecer dentro das empresas e também no aspecto pessoal.

O fim de um relacionamento é um bom exemplo, assim como uma promoção profissional da qual você foi preterido por outro colega de trabalho. A lista é grande e, provavelmente, você já experimentou o sentimento.

Rejeição
Rejeição

E o sentimento de rejeição?

Se a rejeição ocorre como resposta a algo, vale destacar que muitas pessoas têm medo da rejeição — antes mesmo que ela aconteça. Como resultado disso, criamos bloqueios para ações e pensamentos que poderiam estabelecer situações completamente diferentes.

Por exemplo: se temos medo da rejeição ao nos declararmos afetivamente para outra pessoa, não sabemos ao certo qual seria a resposta, mas antecipamos a negativa. Esse impedimento de atitude desenha já a rejeição com todas as letras, mas é uma projeção, apenas, e muitas vezes nem um pouco embasada na realidade.

 

Ou seja: tão ruim quanto o sentimento de rejeição é essa antecipação negativa.

Contudo, é válido destacar alguns elementos antes de prosseguirmos com o assunto:

  • a rejeição existe e, nem sempre, trata-se de algo que temos controle;
  • o sentimento de rejeição difere de sermos rejeitados, de fato;
  • a rejeição também pode ser um sentimento que criamos para nós mesmos.

 

Mas, afinal de contas, por que chamam essa sensação premeditada e antecipada de sentimento de rejeição?

Em parte, deve-se ao fato de que o termo “sentimento” remete à crença de rejeição. Com isso, cria-se um hábito, uma repetição comportamental ou de pensamento que invoca a sensação antes de acontecer.

E você já deve saber qual é o problema disso, certo? Com a repetição, tendemos a reagir quase que instintivamente a esse sentimento habitual. Dessa maneira, independentemente do que queiramos fazer, uma voz interna pode estimular-se a evocar o sentimento de rejeição.

Como já dissemos, por estar fora do nosso controle, muitas vezes, não há motivo para projetarmos uma resposta imediata antes mesmo de tomarmos uma atitude. Com isso, acabamos por criar um bloqueio contra qualquer desejo que tenhamos — desde coisas simples, como pedir um aumento ao chefe à grandiosa conquista da felicidade.

Percebe o quanto isso é limitante? Falamos, inclusive, bastante sobre esses impedimentos que nós mesmos construímos em torno de nós. Se quiser aprofundar um pouco mais no assunto antes — ou após — esta leitura, confira nosso artigo sobre crenças limitantes!

 

Quais são as características de anteciparmos a rejeição?

Com essa sensação rondando os nossos pensamentos e atitudes constantemente, deixamos de aproveitar algumas coisas comuns à tentativa: o aprendizado de uma frustração e o sabor de uma conquista.

Em ambas as situações, há algo de positivo a se retirar a respeito. O que não acontece, por sua vez, ao decidirmos por desistir até mesmo de tentar. Pois isso gera um ciclo do qual você não sai do lugar.

Vamos ver, então, quais são as características mais comuns de quem antecipa a rejeição? Aqui vão algumas delas:

  • comportamentos baseados em situações passadas — traumas e crenças limitantes, como já mencionamos;
  • opta por desistir ou abandonar algo (ou alguém) para antecipar a dor da perda;
  • necessidade de agradar o próximo, justamente para que tenham uma opinião positiva sobre ela — algo que essa pessoa não possui a respeito de si;
  • isolamento social. 

 

E você sabe por que tendemos a desenvolver esse sentimento de rejeição? Em parte, isso acontece por uma série de fatores, mas tem a ver com o nosso próprio desenvolvimento. Ou seja: a maneira com a qual fomos educados pelos nossos pais, de acordo com a forma que fomos tratados pelos professores ou mesmo as primeiras relações sociais com amigos.

Soma-se a isso a negligência (ou suposta falta de necessidade) de sermos ensinados a lidar com a frustração de um não. Assim, pode ser uma grande surpresa quando ela acontece a primeira vez, e ainda pior quando se repete em outra situação.

É correto dizer, portanto, que o sentimento de rejeição é adquirido, com o tempo. Não nascemos com ele e, tampouco, trata-se de algo permanente em nossas vidas.

Persistente, talvez. Mas é justamente por isso que destacamos a relevância em trabalhar arduamente para que esse sentimento deixe de vir à tona com tanta facilidade — e que você responda afirmativamente a ele.

 

Como superar o sentimento de rejeição?

Agora que já entendemos que esse padrão comportamental tem uma origem e, portanto, pode ser quebrado, vamos entender algumas ações que devem ser inseridas no seu dia a dia a fim de espantar de vez o sentimento de rejeição!

Superando a rejeição

 

Dê significado à rejeição

Se você não teve o aumento ou promoção desejados, o problema pode não ser você, especificamente. A empresa pode não estar em um bom momento, sua avaliação de desempenho pode não estar à altura para a solicitação ou, até mesmo, essa mudança vai ocorrer, mas em um momento mais oportuno.

Antecipar a dor da frustração, por sua vez, nunca vai revelar a verdade. Por isso, experimente dar significado a ela apenas quando acontecer. O mesmo vale para um término de relacionamento.

É claro que, para saber o que de fato está acontecendo, o diálogo franco e aberto é o mais indicado. Se o seu namoro ou casamento está difícil de lidar, a conversa é mais do que necessária. Quem sabe, ambos podem ter o desejo em fazer o relacionamento funcionar?

Ou seja: dê um significado à rejeição. Não precisa usar a imaginação para antecipar o resultado.

 

Mude suas perspectivas

A perspectiva negativa vai sempre encaminhar os seus planos para um lugar de decepções e temores. Por outro lado, comece a alimentar o lado positivo. E se a pessoa que você gosta disser “sim”? E se o casamento ainda pode ser trabalhado para ficar melhor e evoluir a partir disso? Se o aumento salarial pode ser seu?

Equilibre as expectativas com racionalidade e argumentação, e torne-se uma pessoa mais positiva. Entenda que isso não significa iludir-se, mas trabalhar as percepções com naturalidade e com a ciência de que, mesmo diante de uma rejeição, ao menos você vai saber o motivo para fazer diferente, em uma próxima oportunidade. 

 

Pratique o amor-próprio

Independentemente de você experimentar a rejeição ou não, tenha gratidão por quem você é, atualmente. Pois foi a partir dessas experiências que você aprendeu diversas lições. E, acredite: elas são valiosas para que você comece a gostar mais de si e a lidar bem com as futuras rejeições.

Como já destacamos, a rejeição existe. Faz parte de nosso aprendizado, construção de nossa personalidade e até mesmo desenha a maneira com a qual lidamos com as situações e também com as pessoas ao redor.

Por isso, comece com mais amor-próprio. Não se culpe tanto por uma decepção. Tome, sim, o tempo necessário para absorvê-la, mas não fique remoendo — muito menos, por antecipação.

Quer uma maneira simples, mas funcional, de ter mais amor-próprio. Celebre as suas conquistas. Qualquer uma delas, mesmo as menores. Essa gratificação pode sobressair-se ao impulso gerado pelo sentimento de rejeição.

 

Assuma as vulnerabilidades

Já sabe identificar quais são os seus temores? Pois então, assuma-os. Converse com quem você confia e exteriorize os medos que impedem você de tomar atitudes.

Isso não significa que você deva aceitá-los, mas expulsá-los gradualmente sempre que falar sobre o assunto. É uma boa maneira de compreender que são processos dos quais todos sentem — mas em proporções distintas. 

Saber que você não é a única pessoa a passar por isso pode ser um interessante método para juntar, no seu tempo, a disposição para encarar a situação sem antecipar a rejeição em sua mente.

 

Faça as pazes com o passado

Lembra-se que mencionamos as primeiras lições que aprendemos como uma das raízes do sentimento de rejeição? Pois então, experimente voltar ao seu passado para fazer as pazes com ele.

O perdão é uma poderosa forma de libertação. E pode ser de grande valia para que você comece a desvencilhar-se de quem você foi para tornar-se, cada vez mais, a pessoa que você é atualmente.

 

O que não fazer com a rejeição?

Rejeição

Embora as atitudes positivas já sejam um valioso instrumento sobre o que não fazer, para alimentar o sentimento de rejeição, achamos importante explorar o que você não deve fazer, especificamente, porque é um sentimento mais urgente e, ao reconhecê-lo, você pode suprimi-lo antes que assuma o controle de seus pensamentos e atitudes.

Aí vão, então, as nossas dicas:

  • não fique remoendo os eventos frustrantes e, tampouco, procurando por culpados;
  • não se permita o isolamento social — mesmo diante de uma rejeição. Procure conversar com quem você confia para que essa superação ocorra em seu tempo e ritmo;
  • não deseje o mal de quem você, eventualmente, julgar como culpada pela sua decepção;
  • evite a autocrítica exagerada. Essa deve ser uma ferramenta de aprendizado exclusivamente.

 

Lembre-se — e nunca é demais reforçar: a rejeição existe e aparecerá no seu cotidiano, vez ou outra. Mas ela é parte elementar do processo de evolução de quem já fomos, de quem somos agora, e de quem ainda seremos daqui por diante. Abrace-a e aprenda com cada uma das suas decepções!

E, como você deve ter percebido, o sentimento de rejeição se manifesta de diferentes maneiras e não exclusivamente no meio dos relacionamentos amorosos. Por isso, se você estiver em busca de mais dicas para superar esses desafios que, muitas vezes, nós mesmos impomos em nossa jornada, siga-nos no Instagram e em nosso canal no 

 

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Até o próximo artigo!

👉 Artigo publicado originalmente em Febracis Blog

👉 Acesse também os artigos: “Inteligência Emocional – O que significa?” e “Controle Emocional – A impulsividade prejudica sua vida?

 

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